sábado, 21 de fevereiro de 2009

uma vez...

O nobre plebeu já não sabe de muita coisa, e o pouco que sabe, anda esquecendo
sofre por não ter lembranças, tenta lembrar-se de uma adolescência próxima, uma infância não tão distante
tenta, mas não consegue... Parece que lhe roubaram toda uma vida, as pessoas vão sumindo de suas memórias, momentos parecem nunca que aconteceram...
começar duvidar de tudo, questionar sua própria existência.
não é possível que tudo tenha desaparecido que todos os nomes, pessoas e números se perderam
eles que eram tão importantes, fatos que mudaram totalmente sua vida e de algumas pessoas
o tempo não pode ser cruel assim
o tempo não pode ter esse poder
ele não pode sumir, um homem sem lembranças, um homem sem infância, sem vida...
talvez isso seja justo
talvez o tempo seja assim mesmo
talvez pra ele o melhor seja não lembrar
que esqueça as pessoas
os nomes
os amores
as amizades
os inimigos
as perdas
as vitorias
os porres
os medos
as dores
as alegrias
o caminho
a busca
que esqueça tudo
que tudo se renove, mesmo sendo repetido
que o vento o leve
sem saber, mesmo que saiba
ira esquecer
afinal
uma vez....nunca o aconteceu

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