domingo, 22 de fevereiro de 2009

vaso

De tão confuso, tentou encontrar.
não podia ser daquela forma
ignorou todos os telefonemas, amigos, namorada, todos
nunca recebia ninguém, era lógico o que estava por acontecer
sair para andar, saiu com algumas coisas, alguns pertences e muitos, muitos pensamentos e toda a loucura...
sumiu de vez, não havia pessoa no mundo que poderia saber onde estava a maldita alma querida...
todos marcam encontro no mesmo bar, na mesma hora e dia
chegam e perguntam ao garçom, a garçonete, e a resposta é comum, não, não apareceu
angustia toma conta, as horas passam nunca se atrasou para um chopp.
não é possível, seus tantos relatos e avisos aconteceram...
ele não seria capaz de ir assim, sem despedir se...
a noite passa, os dias se alongam... Ninguém mais sabe o que fazer...
noites em claros em sua busca, não, já foi
agora o que lhes resta é aguardar o retorno, se ele houver, é continuar indo ao mesmo lugar, com as mesmas pessoas, na mesma hora, no mesmo dia, bebendo e comendo o de sempre, sendo atendidos por eles, aqueles dois...
um copo a menos na mesa, uma risada a menos, um ponto de vista a menos...
um querido estranho, que surge, reúne forças e te ajuda, e que na mesma proporção e velocidade, some de sua vida, como se tudo não fosse uma novela, onde ele é a participação especial, e você o papel principal
Assim aguardamos, assim bebemoramos todas nossas vitorias e fracassos
assim o ultimo copo cai
assim o ultimo copo quebra
assim a festa acaba
assim o ultimo apaga a luz
assim os dias acontecem
assim um dia ele ira voltar
e quando voltar
os copos retornarão a mesa
os telefones irão voltar a tocar